A implantação do Jaé no transporte público municipal do Rio de Janeiro gerou longas filas em diversos postos de atendimento, conforme relatado por ageiros que enfrentaram a corrida contra o tempo para garantir o novo cartão. Após a notícia de que o sistema Jaé substituiria o RioCard, a prefeitura definiu um calendário que estabelece a obrigatoriedade do novo cartão para usuários com direito à gratuidade a partir de 2 de julho, e para todos os ageiros a partir de 5 de agosto.
No posto de atendimento de Botafogo, na Zona Sul da cidade, o movimento foi intenso, com muitas pessoas com dúvidas sobre o funcionamento do cartão. O prefeito Eduardo Paes orientou os ageiros a baixarem o aplicativo do Jaé para agilizar o processo de solicitação do cartão, garantindo que em apenas cinco minutos é possível obter o cartão digital.
A migração total do RioCard para o Jaé impacta diretamente a rotina dos ageiros, uma vez que o novo cartão será obrigatório em todos os modais municipais, como ônibus, BRT, VLT e vans. Enquanto isso, os transportes estaduais, como metrô, trens e barcas, continuarão aceitando somente o RioCard. Assim, ageiros que utilizam trajetos integrados precisarão ter dois cartões distintos.
A transição para o Jaé também traz imes, como a falta de integração tarifária entre os sistemas municipal e estadual, além da necessidade de instalação de validadores do Jaé nas estações de metrô para manter a agem integrada com os ônibus municipais. Empresas devem migrar seus funcionários para o sistema do Jaé no vale-transporte, e o Bilhete Único Intermunicipal continuará sendo aceito nos ônibus municipais, com validadores específicos.
Embora a prefeitura já tenha emitido aproximadamente 1,3 milhão de cartões Jaé, há um grande volume de solicitações pendentes, com aproximadamente 700 mil cartões aguardando retirada ou entrega. Apenas 400 mil cartões estão em efetivo uso no sistema. Diante disso, a orientação é para que os ageiros busquem agilizar o processo de obtenção do novo cartão por meio do aplicativo e evitem as longas filas nos postos de atendimento físico.